quinta-feira, 9 de agosto de 2012

RONDÔNIA – Políticos não querem mais adotar o ‘filho feio’ chamado transposição

Antes requerida por todos e agora relegada às críticas e apontada como feito de outros – esta é a transposição, um ‘rebento’ fadado ao esquecimento 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anos de discussões acirradas, de uma paternidade requisitada e símbolo da esperança no funcionalismo de Rondônia: esta é a história da transposição, um filho que tomou forma, uma criança feia que hoje não tem pai nem mãe – e nem terá pelo visto...

Até junho deste ano a principal arma de muitos políticos seria atribuir à sua competência e capacidade o feito de ter conseguido junto ao Governo Federal que todos os servidores do ex-território passassem aos quadros da União.

Nas diversas reuniões em Brasília, até vereadores em Porto Velho tiraram um ‘dia de folga’ para tratar do assunto que passa longe de suas alçadas. Hoje, em agosto, um quadro completamente diferente e aterrorizante. A realidade é muito pior do que se imaginava. Salários? O mesmo do Estado. Os contratados? Até 1987 – se quiser.

Com a reviravolta, o alvoroço político foi geral. Quem antes se dizia pai – ou quem queria assumir provisoriamente a paternidade – repele a transposição como quem expurga o diabo. E, quem de fato era progenitor (a) e não era considerado, hoje tem de agüentar novamente o fardo de carregar nos braços uma criatura já criada, mas ao mesmo tempo tão feia.

E assim se desenvolve a política no Estado de Rondônia: a bancada federal se uniu sim, os políticos deram as mãos, o propósito era justo e seria possível beneficiar a todos nas urnas. Entretanto, assim que a coisa desandou, começou a sucessão de indicadores apontados em direções alheias e nunca para si.

Em ano de eleição o que vale mesmo é levar o crédito pelo que há de bom e correr do azar de ser considerado culpado pelo que há de ruim. Uma triste verdade. A dura explicação lógica do que acontece não só aqui, mas em todo o Brasil. Se lá fora é possível um líder apertar as mãos de um procurado pela Interpol para fazer lobby partidário, por que não considerar a possibilidade de ‘colegas de bancada’ começarem a se digladiar pela manutenção de sua honra?

Oras! Quem tem a chance de enxergar o vidro transparente do berçário jamais escolherá o filho horrendo.

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