"A vítima teria feito um seguro de vida e o recebimento do prêmio poderia
ter sido a motivação do crime"
Um crime que criou uma grande repercução no município de
Buritis, o assassinato do comerciante conhecido como “Chora Viola”, ocorrido no
inicio deste ano, foi solucionado esta semana pelo Serviço de investigação da
Polícia Civil, com a prisão de dois suspeitos da execução.
As investigações também apontaram como mandante do crime
seus dois filhos adotivos, que pagaram pelo serviço a quantia de oito mil reais
sendo utilizado um cheque de quatro mil da própria vítima.
O crime
Na noite do dia 18 de janeiro deste ano, o comerciante
Valnei José dos Santos, conhecido por Chora Viola, chegava a sua casa, na Rua
Cujubim, Buritis/RO, em seu veículo, e no momento em que sua esposa abria o
portão da residência, um jovem se aproximou e efetuou disparos com arma de fogo
contra o comerciante que veio a falecer logo depois. O infrator fugiu a pé, mas
nas proximidades, encontrou-se com um companheiro e fugiram em uma motocicleta.
Crime este que causou grande repercussão no município de Buritis, em razão da
vítima ser comerciante e muito conhecido na sociedade local.
As investigações iniciaram pelos servidores da UNISP, sendo
que, recentemente, por determinação da SESDEC, foram enviados alguns servidores
da Polícia Civil para realizar várias investigações para apurar os homicídios e
crimes que tem ocorrido na cidade de Buritis e adjacências, em uma atividade
chamada Operação Jamari.
Ao iniciar as investigações deste crime, em cinco dias, uma
equipe comandada pelo Dr. Salomão de Matos Chaves conseguiu identificar
MARCIANO SARAIVA FERNANDES e LUCAS KOSTRZYCKI como executores, tendo o primeiro
efetuado os disparos, enquanto o segundo guiou a motocicleta usada na prática
do delito.
Por ocasião dos interrogatórios, os executores indicaram
LETÍCIA DOS SANTOS e KAYO MANOEL RIBEIRO RAMOS, respectivamente, filha e filho
adotivos da vítima, como os mandantes do crime, alegando problemas familiares
de convivência. Todavia, no avanço das investigações, foi obtida a informação
de que, ainda em vida, a vítima teria feito um seguro de vida e o recebimento
do prêmio poderia ter sido a motivação do crime, fato que ainda está sendo
investigado.
Cúmplices
No interrogatório, MARCIANO informou que a pessoa de OSMAR
ANTÔNIO SCHERAIBER fora quem o recomendou para executar a vítima, inclusive
fornecera um revólver calibre 38 utilizado no crime e devolvido para OSMAR,
arma esta que já foi devidamente apreendida e submetida à perícia. Para
esclarecer, OSMAR fora assassinado também, dias após o homicídio de VALNEI, estando
também pendente de elucidação este outro crime.
Pagamento
MARCIANO revelou também que recebera a quantia de R$
8.000,00 de KAYO para praticar o crime, sendo na seguinte forma: um cheque no
valor de R$ 4.000,00 em nome da própria vítima, dois dias antes do crime, e que
fora descontado pelo infrator, na véspera do delito, enquanto o restante fora
recebido em espécie, alguns dias após o sepultamento da vítima.
Prisão dos filhos
No conjunto de provas, a Polícia Judiciária está de posse de
algumas provas materiais que confirmam os fatos apurados, inclusive a arma de
fogo usada no crime foi apreendida, tendo sido representado pela Prisão
Preventiva dos envolvidos, tendo os executores sido presos no dia 30 do último
mês, devendo os mandantes ser presos nas próximas horas, visto que deixaram
Buritis, há alguns meses. Foram também solicitadas quebras de sigilo bancário e
telefônico dos envolvidos e, não está descartada, a representação pela Prisão
Preventiva de mais envolvidos, nas próximas horas.
Fonte: JaruOnLine
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