sábado, 3 de novembro de 2012

Rondoniense fanática pelo Palmeiras ainda cré em reviravolta

Maíres tem 35 anos, dois filhos e é fundadora da Associação Porto Palestra, que reúne a torcida em Porto Velho em dias de jogos

 
A paixão pelo Palmeiras começou ainda bem cedo, por influência do pai, que vestiu a camisa do clube quando ainda era jovem. O primeiro presente foi uma camiseta, que ganhou quando tinha oito anos de idade. A partir daí, a vida de Maíres Natália de Carli - rondoniense da cidade de Ji-Paraná - não foi mais a mesma. Hoje, com 35 anos, e muito amor ao time do coração, a corretora de seguros mostra com orgulho cada souvenir que guarda como tesouro. Além dos objetos, ela carrega consigo lembranças de cada momento vivido ‘em prol’ do alviverde.
- Descobri o Palmeiras ainda na barriga (risos). Meu pai é paulista e palmeirense fanático. Ganhei a primeira camisa do verdão dele, quando tinha oito anos de idade. Ele é um apaixonado e eu também. Perdi a camisa nas viagens, uma pena. Mas só ela se foi, o amor ficou - diz.
Ela conta ainda que o 'sangue verde' começou a correr na veia quando deixou a adolescência e descobriu que a paixão como algo inerente à sua vida. Desde então foram muitas alegrias, tristezas e algumas situações embaraçosas.
 - Quando a gente vira adulto é que realmente descobre quais são nossas verdadeiras paixões, e foi assim comigo. Com 18 anos eu comecei a me interessar pelo futebol, passei a assistir, acompanhar e virei torcedora de verdade, daquelas que brigam com amigos, separam do namorado, largam tudo para viajar em partidas decisivas e tudo que se tem direito.

Muitas emoções

Vida de torcedor não é nada fácil, haja coração. E com a palmeirense que vive em Rondônia não seria diferente. Quando questionada sobre seus momentos mais marcantes, ela menciona a viagem para São Paulo e Curitiba nas finais da Copa do Brasil em 2012 e do encontro com o ícone, o São Marcos, ex-goleiro do clube, que esteve em Porto Velho e por acaso fez a alegria de muitos torcedores da capital de Rondônia.

 - O momento mais intenso e feliz da minha vida foi o encontro com o Marcos. Até hoje a ficha não caiu. Foi uma emoção incomparável e indescritível, guardo os autógrafos e as fotos como relíquias – diz emocionada.

 
Associação Porto Palestra

Mãe de dois filhos - também herdeiros da paixão pelo clube - Maíres não se contentou em ser apenas torcedora, decidiu adotar mais uma 'criança'. Ela é uma das fundadoras da Associação Porto Palestra, que tem como objetivo reunir a torcida palestrina em Porto Velho.

- A ideia surgiu de um grupo de amigos que buscavam um lugar para assitir os jogos. Nada demais, mas o sonho foi crescendo e tomou forma quando viajamos para São Paulo e conhecemos a Casa Palmeiras. Lá vimos tudo o que queremos materializado. Então  decidimos oficializar o sonho com a eleição para presidente e demais cargos da diretoria da Associação. Entretanto, não somos abertos à filiados, até porque não temos estrutura adequada, mas o objetivo para 2013 é que tenhamos sede e tudo o que uma Associação tem direito e pode oferecer a seus associados - salienta.

 
E se cair?

A palavra rebaixamento é a única que coisa que muda o humor da torcedora. Mesmo assim, para ver o último confronto do Brasileirão 2013 já está tudo preparado. O churrasco irá reunir todos para torcer, sorrir ou chorar caso haja o rebaixamento. Mas para ela mesmo rebaixado, o time não perderá o brilho.

- É complicado a fase do time... gera tristeza, mas o torcedor tem que se mater firme. É muito fácil torcer quando tudo vai bem. Costumo brincar que se cairmos, seremos o primeiro clube a vencer a Libertadores na Segunda Divisão - disse a torcedora.

 Entretanto, o momento delicado do verdão não desmotiva Maíres. As reuniões continuam, a fé na reviravolta do time na reta final do campeonato também. Agora, é 'cruzar os dedos' para que o churrasco da torcida seja regado de alegria de quem se salva, mesmo que por milagre, de mais um rebaixamento.
 
 
 
Fonte: G1 - RO

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