Maíres tem 35 anos, dois
filhos e é fundadora da Associação Porto Palestra, que reúne a torcida em Porto
Velho em dias de jogos
A paixão pelo Palmeiras começou ainda bem
cedo, por influência do pai, que vestiu a camisa do clube quando ainda era
jovem. O primeiro presente foi uma camiseta, que ganhou quando tinha oito anos
de idade. A partir daí, a vida de Maíres Natália de Carli - rondoniense da
cidade de Ji-Paraná - não foi mais a mesma. Hoje, com 35 anos, e muito amor ao
time do coração, a corretora de seguros mostra com orgulho cada souvenir que
guarda como tesouro. Além dos objetos, ela carrega consigo lembranças de cada
momento vivido ‘em prol’ do alviverde.
- Descobri o Palmeiras ainda
na barriga (risos). Meu pai é paulista e palmeirense fanático. Ganhei a
primeira camisa do verdão dele, quando tinha oito anos de idade. Ele é um
apaixonado e eu também. Perdi a camisa nas viagens, uma pena. Mas só ela se
foi, o amor ficou - diz.
Ela conta ainda que o 'sangue
verde' começou a correr na veia quando deixou a adolescência e descobriu que a
paixão como algo inerente à sua vida. Desde então foram muitas alegrias,
tristezas e algumas situações embaraçosas.
- Quando a gente vira adulto é
que realmente descobre quais são nossas verdadeiras paixões, e foi assim
comigo. Com 18 anos eu comecei a me interessar pelo futebol, passei a assistir,
acompanhar e virei torcedora de verdade, daquelas que brigam com amigos,
separam do namorado, largam tudo para viajar em partidas decisivas e tudo que
se tem direito.
Muitas emoções
Vida de torcedor não é nada
fácil, haja coração. E com a palmeirense que vive em Rondônia não seria
diferente. Quando questionada sobre seus momentos mais marcantes, ela menciona
a viagem para São Paulo e Curitiba nas finais da Copa do Brasil em 2012 e do
encontro com o ícone, o São Marcos, ex-goleiro do clube, que esteve em Porto
Velho e por acaso fez a alegria de muitos torcedores da capital de Rondônia.
- O momento mais intenso e
feliz da minha vida foi o encontro com o Marcos. Até hoje a ficha não caiu. Foi
uma emoção incomparável e indescritível, guardo os autógrafos e as fotos como
relíquias – diz emocionada.
Mãe de dois filhos - também
herdeiros da paixão pelo clube - Maíres não se contentou em ser apenas
torcedora, decidiu adotar mais uma 'criança'. Ela é uma das fundadoras da
Associação Porto Palestra, que tem como objetivo reunir a torcida palestrina em
Porto Velho.
- A ideia surgiu de um grupo
de amigos que buscavam um lugar para assitir os jogos. Nada demais, mas o sonho
foi crescendo e tomou forma quando viajamos para São Paulo e conhecemos a Casa
Palmeiras. Lá vimos tudo o que queremos materializado. Então decidimos oficializar o sonho com a eleição
para presidente e demais cargos da diretoria da Associação. Entretanto, não
somos abertos à filiados, até porque não temos estrutura adequada, mas o
objetivo para 2013 é que tenhamos sede e tudo o que uma Associação tem direito
e pode oferecer a seus associados - salienta.
A palavra rebaixamento é a
única que coisa que muda o humor da torcedora. Mesmo assim, para ver o último
confronto do Brasileirão 2013 já está tudo preparado. O churrasco irá reunir
todos para torcer, sorrir ou chorar caso haja o rebaixamento. Mas para ela
mesmo rebaixado, o time não perderá o brilho.
- É complicado a fase do
time... gera tristeza, mas o torcedor tem que se mater firme. É muito fácil
torcer quando tudo vai bem. Costumo brincar que se cairmos, seremos o primeiro
clube a vencer a Libertadores na Segunda Divisão - disse a torcedora.
Entretanto, o momento delicado
do verdão não desmotiva Maíres. As reuniões continuam, a fé na reviravolta do
time na reta final do campeonato também. Agora, é 'cruzar os dedos' para que o
churrasco da torcida seja regado de alegria de quem se salva, mesmo que por
milagre, de mais um rebaixamento.
Fonte: G1 - RO
Nenhum comentário:
Postar um comentário