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EU NÃO SOU CORRPUTO, MEU GOVERNO NÃO É CORRUPTO !
Rondonotícias: Como está o seu ânimo para
governar?
Confúcio: Estou bem, sou uma pessoa calma e
prudente. Estou administrando dentro do planejado e das circunstâncias. Estou
tocando pra frente minhas metas e planos originais. Governo é como uma disputa
de medalha olímpica: você pode chegar em ouro, prata, bonze ou não ganhar nada
nessa corrida. O desafio é chegar ao final com um bom resultado.
A gestão tem dois pontos fundamentais: os
interesses e os conflitos. Isso faz parte em qualquer Governo do Mundo.
Rondonotícias: O senhor se dá melhor em qual
dessas áreas?
Confúcio: Claro, se eu pudesse escolher,
escolheria atender aos interesses da população, dos alunos, dos pacientes. Seria
o ideal, mas, não se pode. Numa administração, dizemos muito mais não do que
sim.
Rondonotícias: É difícil dizer não, quando se
queria dizer sim?
Confúcio: A gente não pode falar isso. Devemos
sempre dizer a verdade, falar sim quando for sim e não, quando for não. Não pode
esconder o óbvio, tem que ser claro e não pode jogar o lixo pra debaixo do
tapete.
Rondonotícias: Estamos chegando já ao final de
seu segundo ano de mandato. O que se pode dizer que o Governo de Confúcio Moura
avançou?
Confúcio: Avançamos em muitos segmentos, na nossa
gestão. Mesmo no setor mais problemático, que a saúde, avançamos muito e já
estamos com o nariz fora d’água.
Rondonotícias: Nos conte sobre esses avanços na
saúde...
Confúcio: Fizemos investimentos como a ampliação
de mais 120 leitos do Hospital de Base, inclusive com UTI neonatal com 27
leitos, colocamos em funcionamento o hospital de São Francisco, o hospital de
Cacoal está em razoável funcionamento, as UPA’s estão prontas e equipadas na
capital, a Policlínica está sendo construída, junto com o centro de imagem. No
João Paulo II, estamos fazendo uma reforma na rede de esgoto, que é um grave
problema na unidade. Isso está causando transtornos aos servidores e pacientes.
Ou seja, o Estado tem se desdobrado para melhorar o atendimento.
Rondonotícias: Ao assumir o Governo, o senhor
declarou que iria resolver o problema da saúde em três meses. Houve uma precipitação
em suas declarações?
Confúcio: Houve sim e eu reconheço isso. No caso
do João Paulo II, ali é a grande crise. Onde dá o escândalo e o sofrimento dos
pacientes. É lá que está o nó da saúde. Quando assumi, pensava que em 90 dias eu
resolveria. A culpa da superlotação é do HB, que não tinha centro cirúrgico
suficiente. De 10, apenas três funcionavam. Está melhorando, mas ainda temos um
desafio enorme. O drama na saúde, não é um privilégio de Rondônia, mas do país
todo.
Rondonotícias: Hoje, fica claro que há uma
disputa entre Governo e Assembleia. Como está sua relação com os demais poderes?
O que falta para que Hermínio e Confúcio caminhem na mesma direção?
Confúcio: Dizer que não uma crise política, seria
mentira. Há uma crise política sim e estou trabalhando para superá-la. A falta
de sintonia entre os poderes, gera uma crise de governabilidade. Isso é muito
sério. Eu vou procurar uma excelente relação com os parlamentares, sem nenhum
preconceito.
Rondonotícias: O senhor identificou de onde vem
as críticas, onde está o foco do problema?
Confúcio: A crítica é difusa, mas vou pactuar uma
articulação no atacado e sei que não existe um apoio total e irrestrito sempre.
Isso é normal do parlamento. Ser oposição, não é ruim, desde que seja
responsável. E vamos melhorando com as críticas.
Rondonotícias: A Assembleia tem oposição ao seu
Governo?
Confúcio: Claro que tem! Nos discursos, que
atacam o Governo, é um discurso de oposição, lógico que é.
Rondonotícias: Essas críticas tem fundamento?
Confúcio: Com fundamento, ou sem fundamento, a
oposição é justificada.
Rondonotícias: Os deputados Euclides Maciel
(PSDB) e Flávio Lemos (PR) criticaram o seu Governo. Porque eles estão batendo
no seu Governo?
Confúcio: A oposição bate e o Governo trabalha. Lá
na frente, a população vai avaliar se foi o Governo que trabalhou mais ou se foi
a oposição quem estava certa
Rondonotícias: Se fizermos um comparativo entre
os Governos Cassol e Confúcio, há quem diga que Cassol era braço de ferro. Já o
seu Governo é calmo e não responde aos ataques dos adversários. Porque seu
Governo não responde aos ataques?
Confúcio: Não tenho que responder, que ficar
batendo boca com ninguém. Tenho um Estado para administrar. Quem deve responder
é a Casa Civil, o Departamento de Comunicação Social, a base do Governo na
Assembleia. Cada Governo, cada ser humano, tem seu estilo. Eu tenho meu estilo:
quando menino, nunca briguei com ninguém, nunca dei um tapa. Fui policial
militar e nunca prendi nem dei tiro em ninguém. É o meu jeito e eu vou mudar
agora, aos 64 anos. Tenho que rebater as críticas com meu trabalho, com meus
feitos.
Rondonotícias: Não lhe fere os brios, quando
dizem, por exemplo, que seu Governo é corrupto?
Confúcio: Meu Governo não é corrupto. Eu não sou
corrupto! Não tenho uma mácula, uma vírgula em minha trajetória e não vou fazer
isso agora. No caso Termópilas, ela eclodiu em meu Governo, mas essa batata
quente não fui eu quem pariu. Ela foi gerada na gestão anterior e dada
continuidade por alguns secretários, mas todos contratos começaram no Governo
passado.
Rondonotícias: Mas, quando um deputado, quando
alguém acusa a sua gestão...
Confúcio: Não aceito e nunca fui chamado de
corrupto, pois não sou. Não existe isso, não pode. De maneira nenhuma. Se alguém
cometer um deslize, eu exonero e abro processo administrativo. Não vou encobrir
a vida de ninguém. Quem foi eleito fui eu. Eu não admito desmandos e exonero de
imediato e mando apurar qualquer indício de falcatrua.
Rondonotícias: Em relação às finanças do Governo.
O Estado está mesmo quebrado?
Confúcio: O Estado de Rondônia vai muito bem.
Agora, as finanças do Governo não estão boas. Houve uma queda de receita, desde
o último mês de junho, que nos pegou de surpresa. Estamos trabalhando com
dureza. As transferências federais para o Estado caíram em cerca de R$ 350
milhões. Até dezembro, pode chegar a R$ 450 milhões. A nossa arrecadação está
crescendo, mas estou sim com fornecedores atrasados e espero que continuemos
firmes, para garantirmos os salários. Eu escolhi pagar os salários, nesse
momento de crise. Espero que as coisas melhorem para que deixemos de pagar aos
fornecedores com atraso ou parcelados.
Fonte: Rondonotícias.
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