As
indústrias de cigarro e cerveja reagiram ao projeto do Governo Estadual,
enviado esta semana a Assembleia Legislativa de Rondônia e que aumenta a
alíquota do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, para o
ano de 2013. Representantes das indústrias da cerveja e do cigarro estiveram
reunidos nesta ultima quinta-feira (29 de novembro), com o presidente da ALE, deputado
Hermínio Coelho (PSD).
Participaram
da reunião os seguintes representantes da empresa Souza Cruz: Joana Cavalcante,
gerente de Finanças; Fernando Piveta, gerente de Planejamento; Marcelo
Lemgruber e Rafael Arantes da Gerência de Relações Governamentais. Já o
Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja foi representado pelo coordenador
Político-Tributário, Gustavo Barbosa (Brasília).
O
representante da Souza Cruz, Marcelo Lemgruber disse na audiência que o aumento
do ICMS pode significar um “tiro no pé” do próprio Governo Estadual, com o
aumento expressivo do contrabando de cigarro, reduzindo desta forma a
arrecadação do imposto. “Trata-se de uma medida que seguramente vai estimular o
contrabando, e conseqüentemente penalizar a população, pois o Estado vai deixar
de arrecadar”, disse.
Já
o coordenador do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, Gustavo Barbosa
apresentou um relatório, destacando os seguintes dados: “A alteração da
alíquota atual de 25% para 35% representa um aumento de 40% e sofrendo um
impacto de R$ 26 milhões para o setor. Contudo, estima-se um repasse no preço
ao consumidor de 11%, prejudicando consideravelmente o consumidor rondoniense.
Este aumento de preço resultará em queda de 17% no volume e conseqüentemente a queda
da arrecadação. O cenário para setor já está negativo. Adicionalmente, existe
uma forte tendência do Estado receber produto via invasão, em função da carga
tributária menor dos estados vizinhos”.
Durante
a audiência com os representantes das indústrias do cigarro e da cerveja, o
presidente da ALE, deputado Hermínio Coelho convidou autoridades estaduais,
tendo comparecido o secretário-adjunto Wagner Garcia de Freitas da Secretaria
Estadual de Finanças. Os representantes das indústrias do cigarro e da cerveja
pediram mais tempo para aprofundar entendimentos com o Governo Estadual. O
presidente Hermínio Coelho concordou em não colocar este projeto na pauta da
próxima semana para deliberação plenária na Assembleia Legislativa.
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