domingo, 13 de janeiro de 2013

Vergonha Petista: Em calamidade pública, situação da rodoviária da capital se agrava com o abandono e o descaso

Porto Velho - Rondônia - Quem pensa que a situação precária de uma edificação pública não pode ficar pior do que está, deve ir à rodoviária de Porto Velho e comprovar que pode sim. A rodoviária que foi construída para abrigar a população do ex-territóriio, com o passar dos anos e a falta de zelo e de gestão, o corroído prédio do terminal rodoviário de passageiros da capital está piorando a cada dia e virou "latrina".
 
 
Lixo, sujeira, fedentina, insetos, banheiros inservíveis, infiltrações e outros tantos problemas tornaram o que poderia ser um cartão de visita para quem chega à cidade, numa das maiores vergonhas para uma capital do porte de Porto Velho. Os pombos se juntam nas imediações, aumentando a sujeira e o fedor.
 
 
A fétida e mal cuidada rodoviária não acompanhou o crescimento da capital e há anos encontra-se em um estado que não oferece o mínimo de conforto aos passageiros, comerciantes e trabalhadores do local.
 
 
A ocupação da área interna e externa do terminal por ambulantes, aumenta a sujeira com copos descartáveis e outros materiais espalhados por toda a área. E não é só isso: muitos moradores que residem nas imediações da rodoviária reclamam que as ruas João Pedro da Rocha e Miguel Chaquian, servem de abrigos para marginais, prostitutas, viciados em drogas e alcoólatras.
 
 
Mais uma promessa não cumprida de Sobrinho
O ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT) prometeu fazer uma “rodoviária modelo”. Ele mostrou maquetes do futuro projeto na imprensa. Disse que fez uma pesquisa de opinião pública e a população decidiu que o terminal deveria ficar ali, no mesmo lugar, no quadrilátero formado pela avenida Jorge Teixeira, rua D. Pedro II, rua Uruguai e avenida Carlos Gomes, desde 18 de janeiro de 1980.
Em 2006, a prefeitura lançou um projeto portentoso de construção da nova rodoviária. Aprovado na Câmara, o projeto previa a edificação de um novo e moderno terminal rodoviário, com dois pavimentos, num total de 6.557,04 m² de área construída.
 
 
A realidade é outra. O lixo, os insetos, a poeira, o fedor, a falta de banheiros decentes, é o que se vê no dia a dia de quem transita pela rodoviária, que com certeza, infelizmente, figura entre as piores do país para uma capital.
 
 
No projeto fictício da prefeitura, apresentado há cinco anos, constava a instalação de guarda-volumes, fraldário, sala de embarque, praça de alimentação com seis lanchonetes e dois restaurantes, sala para posto policial, sala para posto do Juizado da Infância e da Adolescência, seis quiosques, catorze boxes para embarque e desembarque, cais de carga e descarga, estacionamento exclusivo para táxis com 23 vagas, estacionamento de veículos com 208 vagas, dois elevadores (um social e outro de serviço), 27 lojas, banheiros masculinos, femininos e para deficientes físicos, entre outros serviços.
Parceria com o Governo e obras iniciadas com atraso e lentidão
 
 
Em novembro de 2011, houve novamente a esperança de que o quadro mudasse, com a parceria entre o Governo do Estado e a prefeitura de Porto Velho. O Governo se comprometeu a repassar ao município R$ 5 milhões, sendo que R$ 3 milhões seriam ainda em 2011 e o restante em 2012. Ocorre que a prefeitura não detinha a documentação de posse definitiva da área e a obra emperrou.
Após resolver esse impasse, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), através da Decisão Monocrática nº 013/2012/GCWCSC, suspendeu a concorrência pública deflagrada pela Prefeitura de Porto Velho para a contratação de empresa visando à construção do terminal rodoviário da Capital, cujo procedimento está orçado em R$ 9.749.457,92.
A decisão foi proferida em virtude de irregularidades graves detectadas pelo corpo técnico da Corte de Contas e também pelo Ministério Público de Contas (MPC), as quais, caso não sejam sanadas, podem comprometer o edital a ponto de ensejar sua nulidade, além de imposição de sanção aos responsáveis.
 
 
Dentre as impropriedades estão a ausência de licença ambiental e de discriminação sem equívocos dos materiais e serviços que serão fornecidos pela administração (fato que, segundo a medida cautelar, permite reconhecer omissões no projeto básico do edital).
O procedimento traz, ainda, exigência de documentação que não faz parte do que discrimina a Lei das Licitações e Contratos (Lei 8.666/93), além da inadequada disposição do que comporá o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), variável que forma o preço de venda de um serviço de engenharia.
 
 
Mesmo assim, as obras foram iniciadas em outubro do ano passado, mas estão devagar quase parando.
Banheiros sem manutenção deixam ambiente insuportável
A falta de manutenção nos banheiros (conforme fotos acima) piora o quadro. O fedor é insuportável, atingindo o salão onde passageiros se espremem nas poucas cadeiras que restam e também as áreas de lanchonetes.
 
Desde o final do ano passado, faltam produtos de limpeza, os banheiros estão entupidos, não há iluminação no local e a falta de água agrava a situação.
Indignados com a falta de condições, funcionário do terminal interditaram os banheiros, em protesto contra a Secretaria Municipal de Transporte (Semtran), responsável por administrar o local.
 
 
Para tentar minimizar o problema, a única medida da Semtran à época foi providenciar produtos de limpeza. Parece que nem isso tem mais.
A cobrança da taxa de utilização dos banheiros pelos usuários está suspensa. Resta saber quem tem coragem de utilizar banheiros tão imprestáveis.

Autor: Rondonoticias

Um comentário:

  1. Dizer que isso é uma vergonha, é muito pouco. Isso é uma barbaridade das grandes dos governantes,desses safados, sem vergonha. Vão ver a casa, o sítio ou a fazenda deles. Está com certeza tudo muito bem cuidado. Palhaços políticos que não valem nem a comida que comem. Falei e é verdade, as imagens dizem tudo. Uma capital assim....paremos vá.

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