Porto Velho
- Rondônia - Quem pensa que a situação precária de uma edificação
pública não pode ficar pior do que está, deve ir à rodoviária de Porto Velho e
comprovar que pode sim. A rodoviária que foi construída para abrigar a população
do ex-territóriio, com o passar dos anos e a falta de zelo e de gestão, o
corroído prédio do terminal rodoviário de passageiros da capital está piorando a
cada dia e virou "latrina".
Lixo, sujeira,
fedentina, insetos, banheiros inservíveis, infiltrações e outros tantos
problemas tornaram o que poderia ser um cartão de visita para quem chega à
cidade, numa das maiores vergonhas para uma capital do porte de Porto Velho. Os
pombos se juntam nas imediações, aumentando a sujeira e o fedor.
A fétida e mal
cuidada rodoviária não acompanhou o crescimento da capital e há anos encontra-se
em um estado que não oferece o mínimo de conforto aos passageiros, comerciantes
e trabalhadores do local.
A ocupação da área
interna e externa do terminal por ambulantes, aumenta a sujeira com copos
descartáveis e outros materiais espalhados por toda a área. E não é só isso:
muitos moradores que residem nas imediações da rodoviária reclamam que as ruas
João Pedro da Rocha e Miguel Chaquian, servem de abrigos para marginais,
prostitutas, viciados em drogas e alcoólatras.
Mais uma
promessa não cumprida de Sobrinho
O ex-prefeito
Roberto Sobrinho (PT) prometeu fazer uma “rodoviária modelo”. Ele mostrou
maquetes do futuro projeto na imprensa. Disse que fez uma pesquisa de opinião
pública e a população decidiu que o terminal deveria ficar ali, no mesmo lugar,
no quadrilátero formado pela avenida Jorge Teixeira, rua D. Pedro II, rua
Uruguai e avenida Carlos Gomes, desde 18 de janeiro de 1980.
Em 2006, a
prefeitura lançou um projeto portentoso de construção da nova rodoviária.
Aprovado na Câmara, o projeto previa a edificação de um novo e moderno terminal
rodoviário, com dois pavimentos, num total de 6.557,04 m² de área
construída.
A realidade é
outra. O lixo, os insetos, a poeira, o fedor, a falta de banheiros decentes, é o
que se vê no dia a dia de quem transita pela rodoviária, que com certeza,
infelizmente, figura entre as piores do país para uma capital.
No projeto fictício
da prefeitura, apresentado há cinco anos, constava a instalação de
guarda-volumes, fraldário, sala de embarque, praça de alimentação com seis
lanchonetes e dois restaurantes, sala para posto policial, sala para posto do
Juizado da Infância e da Adolescência, seis quiosques, catorze boxes para
embarque e desembarque, cais de carga e descarga, estacionamento exclusivo para
táxis com 23 vagas, estacionamento de veículos com 208 vagas, dois elevadores
(um social e outro de serviço), 27 lojas, banheiros masculinos, femininos e para
deficientes físicos, entre outros serviços.
Parceria
com o Governo e obras iniciadas com atraso e lentidão
Em novembro de
2011, houve novamente a esperança de que o quadro mudasse, com a parceria entre
o Governo do Estado e a prefeitura de Porto Velho. O Governo se comprometeu a
repassar ao município R$ 5 milhões, sendo que R$ 3 milhões seriam ainda em 2011
e o restante em 2012. Ocorre que a prefeitura não detinha a documentação de
posse definitiva da área e a obra emperrou.
Após resolver esse
impasse, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), através da Decisão Monocrática nº
013/2012/GCWCSC, suspendeu a concorrência pública deflagrada pela Prefeitura de
Porto Velho para a contratação de empresa visando à construção do terminal
rodoviário da Capital, cujo procedimento está orçado em R$
9.749.457,92.
A decisão foi
proferida em virtude de irregularidades graves detectadas pelo corpo técnico da
Corte de Contas e também pelo Ministério Público de Contas (MPC), as quais, caso
não sejam sanadas, podem comprometer o edital a ponto de ensejar sua nulidade,
além de imposição de sanção aos responsáveis.
Dentre as
impropriedades estão a ausência de licença ambiental e de discriminação sem
equívocos dos materiais e serviços que serão fornecidos pela administração (fato
que, segundo a medida cautelar, permite reconhecer omissões no projeto básico do
edital).
O procedimento
traz, ainda, exigência de documentação que não faz parte do que discrimina a Lei
das Licitações e Contratos (Lei 8.666/93), além da inadequada disposição do que
comporá o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), variável que forma o preço de
venda de um serviço de engenharia.
Mesmo assim, as
obras foram iniciadas em outubro do ano passado, mas estão devagar quase
parando.
Banheiros
sem manutenção deixam ambiente insuportável
A falta de
manutenção nos banheiros (conforme fotos acima) piora o quadro. O fedor é
insuportável, atingindo o salão onde passageiros se espremem nas poucas cadeiras
que restam e também as áreas de lanchonetes.
Desde o final do ano passado,
faltam produtos de limpeza, os banheiros estão entupidos, não há iluminação no
local e a falta de água agrava a situação.
Indignados com a
falta de condições, funcionário do terminal interditaram os banheiros, em
protesto contra a Secretaria Municipal de Transporte (Semtran), responsável por
administrar o local.
Para tentar
minimizar o problema, a única medida da Semtran à época foi providenciar
produtos de limpeza. Parece que nem isso tem mais.
A cobrança da taxa
de utilização dos banheiros pelos usuários está suspensa. Resta saber quem tem
coragem de utilizar banheiros tão imprestáveis.
Autor: Rondonoticias
Dizer que isso é uma vergonha, é muito pouco. Isso é uma barbaridade das grandes dos governantes,desses safados, sem vergonha. Vão ver a casa, o sítio ou a fazenda deles. Está com certeza tudo muito bem cuidado. Palhaços políticos que não valem nem a comida que comem. Falei e é verdade, as imagens dizem tudo. Uma capital assim....paremos vá.
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